Poesia e Fotografia
As revoluções são consequências da nossa capacidade de sonhar, da liberdade para imaginar, da ousadia de experimentar, enfrentar, romper, superar e da intensidade no caminhar. Corra, abra os braços, voe e desfrute. Viva!
31 de dezembro de 2016
Para 2017
Começar o ano pulando catracas
Quebrando barreiras
Não basta desejar que a chuva encontre terra fértil, se o latifúndio pavimenta a desigualdade e alimenta a desesperança
É preciso aproveitar as rachaduras no alicerce para se infiltrar e romper as estruturas.
E que 2016 e seus golpes, sirvam de adubo, para que 2017 floresça entre espinhos, sem a ilusão de que contagem regressiva e fogos de artifício possam varrer injustiças.
Um ano de lutas, solidariedade e resistência!
Avante!
20 de julho de 2016
Insônia
De que vale o sono
Quando sabemos que acordaremos
Para um dia velho
De que vale a insônia
Se já não podemos sonhar
De olhos abertos
De que valem os sonhos?
Ainda sonhamos?
Quando sabemos que acordaremos
Para um dia velho
De que vale a insônia
Se já não podemos sonhar
De olhos abertos
De que valem os sonhos?
Ainda sonhamos?
29 de fevereiro de 2016
Jaz mim
“Buquês são flores
mortas
Num lindo arranjo
Arranjo lindo feito pra
você” Criolo
Flor
que rasga a terra
serena desbota
botão rubro
pequena
frágil
impõe-se
ao
áspero
tempo
suave-
mente
floresce
sobre
espinhos
pétalas
.
Colhida, sucumbe precocemente, entre dedos intrusos, ávidos de beleza
.
Perfumam o desejo com morte alheia
.
que rasga a terra
serena desbota
botão rubro
pequena
frágil
impõe-se
ao
áspero
tempo
suave-
mente
floresce
sobre
espinhos
pétalas
.
Colhida, sucumbe precocemente, entre dedos intrusos, ávidos de beleza
.
Perfumam o desejo com morte alheia
.
14 de janeiro de 2016
31 de dezembro de 2015
A dois
Fala maluco, tá ai sem blusa, descalço na terra, andando sem rumo, tomando chuva. Cuidado com o espinho que te corta o caminho, te tira do jogo, te afasta do corpo e te deixa sozinho. Sei que a brisa do tempo lhe faz companhia, te toca no peito e te traz energia. Mas na solidão não balance, pois o perigo é constante, se o passo for largo, a caminhada se encurta, passamos do ponto e perdemos o bonde. Te falo com apreço, pois lhe tenho respeito e conheço a tua sina como quem olha por dentro, mas se seguir nessa batida temo que não aguentaremos.
Caro amigo, não te preocupes. Não me sinto sozinho, te sinto aqui dentro cada vez que respiro. Sigo no compasso de um destino que ainda não foi escrito, experimento a liberdade como num gole de vinho, ainda que não tenha o paladar apurado, me delicio com os sabores e me refaço nos amores que ainda estão por vir. Meu peito se abre a cada manhã e se as vezes me calo e te deixo pensar é porque sei que a tua angústia não quer sossegar. Mas entenda, velho companheiro, a inquietude, o desassossego, essa vontade de ser livre e experimentar é o que nos mantém vivos a sonhar. E mesmo que pareça sem rumo, essa tal utopia é o que nos faz caminhar.
15 motivos para uma revolta
15 chacinas em menos de um ano!
Lei antiterror não proíbe a circulação de balas perdidas
Estatuto da família
Redução da maioridade penal
Mais celas, menos salas de aula,
Desemprego, ajuste fiscal,
Sonegação, dos homens de ben(s)
Corrupção,
Vale de lama
Desagua chumbo no útero de pacha mama
800 quilômetros de morte,
Amargam rio, oceano, tribos e cidades
Falta água, falta amor,
Terceirizam trabalhadores e responsabilidades
Monarca toma posse do congresso.
Por pedaladas.
As fiscofaixas incomodam,
Ao menos, as avermelhadas.
29 de novembro de 2015
Genocídio
“Menino, mundo, mundo,
menino” Emicida
Menino, bola, sonhos, campinho,
Campinho, sonhos, bola, menino,
Sonhos, bola, menino, caminho,
Bola, campinho, sonhos, menino,
Caminho, bola, bala, extermínio.
Dedicado
a Christian Andrade
23 de agosto de 2015
Estado terrorista
Em menos de uma hora
Dezoito vidas
Sem nomes
Sem história
Estatística pra grande mídia
A cidade não ficou alerta
Nem o Brasil urgente
Cobriram mais uma chacina
Com sangue nas lentes
Nos terraços iluminados
Ninguém bateu panela
Três dias depois
Paulista verde amarela
Revolta seletiva, sem luto nem vela
Congresso conservador
Aprova lei antiterror
Redução da maioridade penal
Pra segurança pública
Juventude periférica é marginal
A rota dos ratos segue morro acima
Entre becos, vielas
Subúrbios, favelas
Pra preto, pobre
Bala é sina
É mães de maio, de agosto
Finados todo dia
Na democracia do capital
A dita ainda é dura
E o estado terrorista.
30 de dezembro de 2014
Tão raso
Seria mais fácil
Ser carregado pela maré,
Sem resistir,
Desembocar
Em uma esquina qualquer
Sem escrever o roteiro,
Nem desvendar os segredos,
Desconhecer os sentidos,
Acreditar apenas em destino,
Bastaria a ignorância
E um pouquinho de fé
As relações se tornariam artificiais,
Os cortes não mais que superficiais
As feridas cicatrizariam nas compras de natal
Um abraço frouxo,
Desejos de um próspero ano novo
E a frágil esperança,
Que um corte no tempo,
Sopre bons ventos
E leve embora todo o mal.
18 de dezembro de 2014
Fagulha
Palavra lâmina,
Intrépida navalha,
Corta, penetra,
Sangra, desconstrói,
Remói, dilacera
Desperta,
Sorve, Sutura,
Reconstrói, inserta,
Exala, extravasa,
Renasce poema
A palavra
Das vísceras do poeta.
23 de setembro de 2014
2 de setembro de 2014
Sol nascente
Para
a minha filha Cecília
Brisa
da manhã,
Luz
e orvalho
Sobre
a folha hortelã,
Aroma
de anseio
Que
invade a alma
Pelas
vielas do peito,
Transborda
vida,
Sol
nascente
Cecília,
Amor e amanhã.
Amor e amanhã.
29 de agosto de 2014
5 de agosto de 2014
Cantos Tortos
Ao
camarada Lucas Bronzatto
Poesia afiada,
Um machado, uma navalha,
Um espelho estilhaçado
Na garganta do descaso
Poesia torta
Talhada em verso e prosa
Foice e martelo
No áspero cinza, céu de concreto,
Poesia vermelha,
De sonhos e veias abertas,
Arte poética de los Andes
Também de becos e vielas,
Cantos tortos,
Poesia de trincheira,
Terrorismo, front
E vandalismo de poeta.7 de julho de 2014
29 de abril de 2014
Caiu no mundo
Puta que pariu e não deixou rastro,
Caiu no mundo com o filho nos braços,
Engravidou do primeiro namorado,
Que lhe virou as costas ao ser informado,
A menina que de repente virou mulher
Deixou para trás os sonhos e a fé
Quando deu de cara com a frieza da estrada,
Sem ter o que comer,
O leite secou
E o choro da fome cravou
O espinho mais fundo,
Ainda sangrando foi a luta
Não havia tempo para lamentar,
O corpo foi o que sobrou para negociar,
Na primeira noite, não se amedrontou,
Tirou as vestes empoeiradas
E sem cerimônia,
Realizou o seu novo trabalho.
Deste dia em diante,
O filho da puta foi bem alimentado,
Recebeu afeto, educação,
Todo o necessário,
Enquanto o pai ausente,
Frequenta igreja e se diz honrado,
A mãe guerreira é vista
Como mulher de vida fácil.
18 de março de 2014
O Brasil e o jornalismo
O jornalista clama pela alta dos juros
E pede a redução dos gastos públicos,
Diz que a inflação está voltando,
A balança comercial decepcionando,
O colunista afirma que os salários estão muito altos
E que dessa maneira a indústria brasileira não tem como competir no mercado globalizado
-Já paga tanto imposto
O índice de crescimento econômico dá desgosto
(Nessa hora, vale até comparar com a China)
Os escândalos de corrupção não param de pipocar
Mas aquele de dez anos atrás, continua a se destacar
"O maior esquema de corrupção de todos os tempos"
O rei do futebol diz que os estádios são de primeiro mundo,
Que sem grandes investimentos, não tem Copa do Mundo,
Mas não tem dúvida,
Será uma grande evento,
-Os protestos passam, mas o progresso fica!
O entusiasta afirma.
Na Venezuela, estudantes e manifestantes protestam contra o governo e queimam prédios públicos,
No Brasil, os vândalos mascarados precisam ser punidos
Com leis antiterrorismo,
Com leis antiterrorismo,
A comentarista pede mais força policial
A violência aumenta, a polícia mata, a imprensa cala,
Um cinegrafista morre, o sangue escorre em horário nobre,
Com culpados apontados em telefone sem fio,
Os garis deixam a cidade imunda em pleno carnaval,
-Isto é uma vergonha
(Os políticos jogam a sujeira pra debaixo do tapete e tentam reprimir a greve com ameaças e demissões,
Os trabalhadores puxam o tapete persa dos gabinetes oficiais e sindicais
E conseguem uma vitória histórica, que por motivos extra oficiais,
Não será televisionada)
Enquanto isso...
Nas avenidas "Brasil"
A polícia atira, recolhe e arrasta
Trabalhadora negra atingida por bala encontrada
Que não resiste aos ferimentos
E morre a caminho do funeral.
10 de março de 2014
20 de janeiro de 2014
Descartável
Sem tempo para pensar,
Para ler, conhecer, absorver, analisar,
Qualquer edição, propaganda, opinião,
Parece inquestionável,
Sem tempo para sentir,
Para ver, ouvir, tocar, amar,
Todo sentimento se torna vulnerável,
Sem tempo para criar,
Para inspirar, imaginar, escrever, harmonizar,
Qualquer ideia, poesia, refrão,
Já nasce ultrapassado,
Sem tempo para perder,
Para cair, sofrer, aprender e levantar,
Toda derrota parece um calvário,
Sem tempo para ser,
Condiciona-se a ter
Sem ter tempo,
Para em essência viver,
Existir é descartável.
Para ler, conhecer, absorver, analisar,
Qualquer edição, propaganda, opinião,
Parece inquestionável,
Sem tempo para sentir,
Para ver, ouvir, tocar, amar,
Todo sentimento se torna vulnerável,
Sem tempo para criar,
Para inspirar, imaginar, escrever, harmonizar,
Qualquer ideia, poesia, refrão,
Já nasce ultrapassado,
Sem tempo para perder,
Para cair, sofrer, aprender e levantar,
Toda derrota parece um calvário,
Sem tempo para ser,
Condiciona-se a ter
Sem ter tempo,
Para em essência viver,
Existir é descartável.
20/08/2013
14 de janeiro de 2014
28 de dezembro de 2013
Metamorfose
Na penumbra do casulo
De um inseto qualquer,
Desenvolve-se a metamorfose,
No tempo ou no contratempo
Que a natureza vier,
Renasce o dia,
A seda rompe as suaves fibras,
A luz penetra a "retina"
Em mosaico modernista,
Desbota a velha forma,
Rompe com a lógica,
E a vida,
Que parecia tranquila
No espaço em que lhe cabia,
Não existe mais.
De um inseto qualquer,
Desenvolve-se a metamorfose,
No tempo ou no contratempo
Que a natureza vier,
Renasce o dia,
A seda rompe as suaves fibras,
A luz penetra a "retina"
Em mosaico modernista,
Desbota a velha forma,
Rompe com a lógica,
E a vida,
Que parecia tranquila
No espaço em que lhe cabia,
Não existe mais.
25 de novembro de 2013
Saudade
Um passo atrás,
Um abraço a mais,
Um espasmo no tempo
A saudade é capaz
De materializar o sentimento
Ao fechar os olhos,
Revivem-se memórias,
Com o perfume que impregnou
Nos móveis e no vento
Um passo a frente,
Um dia a mais,
Um abraço jaz,
Um aperto no peito.
5 de novembro de 2013
Denso Penar
Essa ausência que me invade
Serena se espalha
Com o denso penar
Em brisa silenciosa
Serena se espalha
No descompasso das tensas horas
Pela vida que se empalha,
Antes do fim das tristes notas
Com o denso penar
Entre os labirintos secretos
Desta alma amorfa.
1 de novembro de 2013
25 de outubro de 2013
4 de outubro de 2013
A catarse do novo mundo
Sob o asfalto que viabiliza o trajeto,
Sufocamos as
sementes,
Sob a calçada de
concreto,
As raízes se espremem,
Sob o cárcere do
latifúndio,
Desigualdades, sem
terras,
Fome e miséria,
Sob o céu de manto
cinza
Gira a terra em
disritmia
Castigada por tantas guerras,
Sob as pedras do
caminho,
As frestas do destino,
Que nos prendem ou nos libertam,
Entre sonhos e utopias,
Entre sonhos e utopias,
(As janelas do futuro)
A revolução - Catarse do novo mundo
Sobre a sola do pé,
27 de setembro de 2013
16 de julho de 2013
Esquizofrenia capitalista
Eu é um outro (Rimbaud)
Das migalhas invisíveis
Mastigadas pela rotina
Vislumbra-se um universo
Num vazio paralelo à completude programada
De um suposto imaginário
Tangível e abstrato
Desprende-se a razão
Com a lógica assimétrica
De que um, são outros.
24 de junho de 2013
6 de junho de 2013
Caminhos tortuosos
Ainda que perdido, sigo meu caminho,
Com tamanho desassossego,Me mantenho produtivo,
No mercado de trabalho,
Tudo é mensurável,
E a vida, tem fins lucrativos,
O suor da exploração transborda no caldeirão,
Se transforma em combustível,
Acelera a produção,
Gera riqueza para poucos, migalhas para a multidão,
Água suja ou vinho tinto,
Qual será o seu quinhão?
Somente as sobras das uvas pisoteadas com nosso sangue
latino
Alimentam as vielas e endereços clandestinos,Água doce é artigo de luxo,
Já disse o empresário, tem que seguir as leis de mercado,
Se tem sede, tem inflação,
Alheio a essa questão, o gado morre de sede,
A fome brota na terra e nem é exclusividade do sertão,Na mansão a água escorre pelo espelho,
Escoa pelo ralo e reflete a imagem da contradição,
Por estes tortuosos caminhos,
Sigo perdido, por pura convicção.5 de maio de 2013
Entre muros
Entre muros,
Os anseios se confundem
Se conformam, se abreviam,
Se desbotam, se mutilam,
Entre muros os anseios se dissipam,
Sacia-se a sede
Antes mesmo de senti-la,
Dá-se por satisfeito,
Antes de qualquer anseio.
Os anseios se confundem
Se conformam, se abreviam,
Se desbotam, se mutilam,
Entre muros os anseios se dissipam,
Sacia-se a sede
Antes mesmo de senti-la,
Dá-se por satisfeito,
Antes de qualquer anseio.
30 de abril de 2013
6 de março de 2013
Libertadores da América
05 de Março de 2013
Grêmio e Caracas jogam pela Copa Libertadores da América.
A equipe de Caracas perdeu hoje o seu “incha” Hugo Rafael
Chávez Frias, que não era fanático por futebol, mas declarava o seu apoio à
equipe da capital venezuelana.
O tenente coronel Chávez começou a sua trajetória política
dentro do quartel, onde liderou um grupo de soldados em 1992, quando tentou
derrubar o governo de Carlos Andrés Pérez. No episódio o tenente Hugo Chávez
foi preso e apesar do golpe não ter sido bem sucedido, sua figura passou a ser conhecida nacionalmente.
Hugo Chávez ficou marcado por sua luta incansável pelo
bolivarianismo. O projeto de governo que buscava resgatar a história e a
cultura de seu país e da América Latina desde 1999, quando se tornou presidente
de forma democrática. Em seu governo, além de mudar a constituição da
Venezuela, mudou a realidade do povo de seu país, principalmente, das classes
menos favorecidas que haviam sido abandonadas pelos governantes anteriores.
Chávez sofreu duros golpes da burguesia venezuelana, por
vezes através da “carcomídia”, por outras, através de setores estratégicos da
economia, uma tentativa de golpe de estado em 2002, mas se manteve firme na luta
e venceu por diversas vezes, nas urnas, os golpistas que o chamavam de ditador.
Como presidente, resgatou grande parte da população que vivia em situação de
miséria na Venezuela e ofereceu acesso a saúde e a educação àqueles que nunca
tiveram seus direitos atendidos.
Hugo
Chávez não tinha medo de enfrentar as “potências” mundiais e fazer alianças com
países que sofrem sanções ou embargos por não seguirem a lógica capitalista.
Através de uma dessas alianças Chávez idealizou a ALBA, Alternativa Bolivariana
para os Povos da Nossa América. A ALBA teve inicio em 2004 através de acordos
entre Cuba e Venezuela. Cuba enviava médicos para atuar nas periferias
venezuelanas, enquanto, a Venezuela abastecia Cuba com o seu petróleo. Os
principais objetivos da alternativa bolivariana são; a integração regional de
países latino americanos, a redução das desigualdades sociais através da
complementação econômica entre os participantes, a correção de assimetrias
históricas, o resgate da identidade histórica e cultural e o desenvolvimento
sócio econômico do bloco. O projeto vai muito além de incentivos para o aumento
do comércio regional e do crescimento econômico concentrado que geralmente
ocorre nos acordos de livre comércio.
Chávez dedicou sua vida a Venezuela e ao sonho de integração da grande pátria latino americana.
Chávez dedicou sua vida a Venezuela e ao sonho de integração da grande pátria latino americana.
O tenente coronel Chávez morreu armado, lutando contra um câncer. Assim como, Emiliano Zapata, morreu
em pé, nunca se ajoelhou ao poder imperialista.
Como Simon Bolívar, Hugo Chávez “é” um legítimo libertador
da América.20 de dezembro de 2012
2 de dezembro de 2012
Emyaj
Destoa da frágil proa deste barco
de papel,
Um pequeno sonho, que me faz
navegar num sentido oposto,
Mas não menos disposto,
A desbravar velhos mares,
Me
aprofundar em pequenos riachos,
Para redescobrir a essência dos afluentes
e da nascente.
Carrego mercadorias complexas,
Que de seu conteúdo pouco se pode
aproveitar,
Por elas, também, já me deixei
carregar,
Por vezes encalho, quebro,
despedaço,
Mas o tempo, naturalmente, encarrega-se de cicatrizar,
O horizonte não muda, mas a
bússola, aos poucos volta a direcionar,
Aberto a novas rotas,
Como qualquer embarcação,
preparado para águas claras e tranquilas,
Porém, são as águas turvas de
tempestades abruptas,
Que me fazem plenamente navegar.
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