Destoa da frágil proa deste barco
de papel,
Um pequeno sonho, que me faz
navegar num sentido oposto,
Mas não menos disposto,
A desbravar velhos mares,
Me
aprofundar em pequenos riachos,
Para redescobrir a essência dos afluentes
e da nascente.
Carrego mercadorias complexas,
Que de seu conteúdo pouco se pode
aproveitar,
Por elas, também, já me deixei
carregar,
Por vezes encalho, quebro,
despedaço,
Mas o tempo, naturalmente, encarrega-se de cicatrizar,
O horizonte não muda, mas a
bússola, aos poucos volta a direcionar,
Aberto a novas rotas,
Como qualquer embarcação,
preparado para águas claras e tranquilas,
Porém, são as águas turvas de
tempestades abruptas,
Que me fazem plenamente navegar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário