6 de março de 2013

Libertadores da América

 05 de Março de 2013

Grêmio e Caracas jogam pela Copa Libertadores da América.

A equipe de Caracas perdeu hoje o seu “incha” Hugo Rafael Chávez Frias, que não era fanático por futebol, mas declarava o seu apoio à equipe da capital venezuelana.

O tenente coronel Chávez começou a sua trajetória política dentro do quartel, onde liderou um grupo de soldados em 1992, quando tentou derrubar o governo de Carlos Andrés Pérez. No episódio o tenente Hugo Chávez foi preso e apesar do golpe não ter sido bem sucedido, sua figura passou a ser conhecida nacionalmente.

Hugo Chávez ficou marcado por sua luta incansável pelo bolivarianismo. O projeto de governo que buscava resgatar a história e a cultura de seu país e da América Latina desde 1999, quando se tornou presidente de forma democrática. Em seu governo, além de mudar a constituição da Venezuela, mudou a realidade do povo de seu país, principalmente, das classes menos favorecidas que haviam sido abandonadas pelos governantes anteriores.

Chávez sofreu duros golpes da burguesia venezuelana, por vezes através da “carcomídia”, por outras, através de setores estratégicos da economia, uma tentativa de golpe de estado em 2002, mas se manteve firme na luta e venceu por diversas vezes, nas urnas, os golpistas que o chamavam de ditador. Como presidente, resgatou grande parte da população que vivia em situação de miséria na Venezuela e ofereceu acesso a saúde e a educação àqueles que nunca tiveram seus direitos atendidos.

 Hugo Chávez não tinha medo de enfrentar as “potências” mundiais e fazer alianças com países que sofrem sanções ou embargos por não seguirem a lógica capitalista. Através de uma dessas alianças Chávez idealizou a ALBA, Alternativa Bolivariana para os Povos da Nossa América. A ALBA teve inicio em 2004 através de acordos entre Cuba e Venezuela. Cuba enviava médicos para atuar nas periferias venezuelanas, enquanto, a Venezuela abastecia Cuba com o seu petróleo. Os principais objetivos da alternativa bolivariana são; a integração regional de países latino americanos, a redução das desigualdades sociais através da complementação econômica entre os participantes, a correção de assimetrias históricas, o resgate da identidade histórica e cultural e o desenvolvimento sócio econômico do bloco. O projeto vai muito além de incentivos para o aumento do comércio regional e do crescimento econômico concentrado que geralmente ocorre nos acordos de livre comércio.

Chávez dedicou sua vida a Venezuela e ao sonho de integração da grande pátria latino americana.

O tenente coronel Chávez morreu armado, lutando contra um câncer. Assim como, Emiliano Zapata, morreu em pé, nunca se ajoelhou ao poder imperialista.
Como Simon Bolívar, Hugo Chávez “é” um legítimo libertador da América.

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