Na penumbra do casulo
De um inseto qualquer,
Desenvolve-se a metamorfose,
No tempo ou no contratempo
Que a natureza vier,
Renasce o dia,
A seda rompe as suaves fibras,
A luz penetra a "retina"
Em mosaico modernista,
Desbota a velha forma,
Rompe com a lógica,
E a vida,
Que parecia tranquila
No espaço em que lhe cabia,
Não existe mais.
As revoluções são consequências da nossa capacidade de sonhar, da liberdade para imaginar, da ousadia de experimentar, enfrentar, romper, superar e da intensidade no caminhar. Corra, abra os braços, voe e desfrute. Viva!
28 de dezembro de 2013
25 de novembro de 2013
Saudade
Um passo atrás,
Um abraço a mais,
Um espasmo no tempo
A saudade é capaz
De materializar o sentimento
Ao fechar os olhos,
Revivem-se memórias,
Com o perfume que impregnou
Nos móveis e no vento
Um passo a frente,
Um dia a mais,
Um abraço jaz,
Um aperto no peito.
5 de novembro de 2013
Denso Penar
Essa ausência que me invade
Serena se espalha
Com o denso penar
Em brisa silenciosa
Serena se espalha
No descompasso das tensas horas
Pela vida que se empalha,
Antes do fim das tristes notas
Com o denso penar
Entre os labirintos secretos
Desta alma amorfa.
1 de novembro de 2013
25 de outubro de 2013
4 de outubro de 2013
A catarse do novo mundo
Sob o asfalto que viabiliza o trajeto,
Sufocamos as
sementes,
Sob a calçada de
concreto,
As raízes se espremem,
Sob o cárcere do
latifúndio,
Desigualdades, sem
terras,
Fome e miséria,
Sob o céu de manto
cinza
Gira a terra em
disritmia
Castigada por tantas guerras,
Sob as pedras do
caminho,
As frestas do destino,
Que nos prendem ou nos libertam,
Entre sonhos e utopias,
Entre sonhos e utopias,
(As janelas do futuro)
A revolução - Catarse do novo mundo
Sobre a sola do pé,
27 de setembro de 2013
16 de julho de 2013
Esquizofrenia capitalista
Eu é um outro (Rimbaud)
Das migalhas invisíveis
Mastigadas pela rotina
Vislumbra-se um universo
Num vazio paralelo à completude programada
De um suposto imaginário
Tangível e abstrato
Desprende-se a razão
Com a lógica assimétrica
De que um, são outros.
24 de junho de 2013
6 de junho de 2013
Caminhos tortuosos
Ainda que perdido, sigo meu caminho,
Com tamanho desassossego,Me mantenho produtivo,
No mercado de trabalho,
Tudo é mensurável,
E a vida, tem fins lucrativos,
O suor da exploração transborda no caldeirão,
Se transforma em combustível,
Acelera a produção,
Gera riqueza para poucos, migalhas para a multidão,
Água suja ou vinho tinto,
Qual será o seu quinhão?
Somente as sobras das uvas pisoteadas com nosso sangue
latino
Alimentam as vielas e endereços clandestinos,Água doce é artigo de luxo,
Já disse o empresário, tem que seguir as leis de mercado,
Se tem sede, tem inflação,
Alheio a essa questão, o gado morre de sede,
A fome brota na terra e nem é exclusividade do sertão,Na mansão a água escorre pelo espelho,
Escoa pelo ralo e reflete a imagem da contradição,
Por estes tortuosos caminhos,
Sigo perdido, por pura convicção.5 de maio de 2013
Entre muros
Entre muros,
Os anseios se confundem
Se conformam, se abreviam,
Se desbotam, se mutilam,
Entre muros os anseios se dissipam,
Sacia-se a sede
Antes mesmo de senti-la,
Dá-se por satisfeito,
Antes de qualquer anseio.
Os anseios se confundem
Se conformam, se abreviam,
Se desbotam, se mutilam,
Entre muros os anseios se dissipam,
Sacia-se a sede
Antes mesmo de senti-la,
Dá-se por satisfeito,
Antes de qualquer anseio.
30 de abril de 2013
6 de março de 2013
Libertadores da América
05 de Março de 2013
Grêmio e Caracas jogam pela Copa Libertadores da América.
A equipe de Caracas perdeu hoje o seu “incha” Hugo Rafael
Chávez Frias, que não era fanático por futebol, mas declarava o seu apoio à
equipe da capital venezuelana.
O tenente coronel Chávez começou a sua trajetória política
dentro do quartel, onde liderou um grupo de soldados em 1992, quando tentou
derrubar o governo de Carlos Andrés Pérez. No episódio o tenente Hugo Chávez
foi preso e apesar do golpe não ter sido bem sucedido, sua figura passou a ser conhecida nacionalmente.
Hugo Chávez ficou marcado por sua luta incansável pelo
bolivarianismo. O projeto de governo que buscava resgatar a história e a
cultura de seu país e da América Latina desde 1999, quando se tornou presidente
de forma democrática. Em seu governo, além de mudar a constituição da
Venezuela, mudou a realidade do povo de seu país, principalmente, das classes
menos favorecidas que haviam sido abandonadas pelos governantes anteriores.
Chávez sofreu duros golpes da burguesia venezuelana, por
vezes através da “carcomídia”, por outras, através de setores estratégicos da
economia, uma tentativa de golpe de estado em 2002, mas se manteve firme na luta
e venceu por diversas vezes, nas urnas, os golpistas que o chamavam de ditador.
Como presidente, resgatou grande parte da população que vivia em situação de
miséria na Venezuela e ofereceu acesso a saúde e a educação àqueles que nunca
tiveram seus direitos atendidos.
Hugo
Chávez não tinha medo de enfrentar as “potências” mundiais e fazer alianças com
países que sofrem sanções ou embargos por não seguirem a lógica capitalista.
Através de uma dessas alianças Chávez idealizou a ALBA, Alternativa Bolivariana
para os Povos da Nossa América. A ALBA teve inicio em 2004 através de acordos
entre Cuba e Venezuela. Cuba enviava médicos para atuar nas periferias
venezuelanas, enquanto, a Venezuela abastecia Cuba com o seu petróleo. Os
principais objetivos da alternativa bolivariana são; a integração regional de
países latino americanos, a redução das desigualdades sociais através da
complementação econômica entre os participantes, a correção de assimetrias
históricas, o resgate da identidade histórica e cultural e o desenvolvimento
sócio econômico do bloco. O projeto vai muito além de incentivos para o aumento
do comércio regional e do crescimento econômico concentrado que geralmente
ocorre nos acordos de livre comércio.
Chávez dedicou sua vida a Venezuela e ao sonho de integração da grande pátria latino americana.
Chávez dedicou sua vida a Venezuela e ao sonho de integração da grande pátria latino americana.
O tenente coronel Chávez morreu armado, lutando contra um câncer. Assim como, Emiliano Zapata, morreu
em pé, nunca se ajoelhou ao poder imperialista.
Como Simon Bolívar, Hugo Chávez “é” um legítimo libertador
da América.
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