Necessitamos apenas, de leite e afeto
Rimos de qualquer coisa
As cores, os sons, os sabores
Tudo parece novo
A vida não tem dissabores
Ao passo
que crescemos
As necessidades aumentam
Aprendemos a caminhar, correr,
Falar,
pedir, reclamar...As necessidades aumentam
Aprendemos a caminhar, correr,
O essencial já não satisfaz
Somos convencidos a ter mais
O
mercado determina o que estudamos
Nos desenvolvemos
de forma dependenteNos julgamos autossuficientes
E aos poucos, nos curvamos
A sensibilidade e a criatividade ficaram para trás
A liberdade, aos poucos se esvai
Nos
tornamos escravos da ganância
Trabalhamos de sol a sol
Como se pudéssemos comprar
O
tempo, as estrelas e a lua
Trabalhamos de sol a sol
Como se pudéssemos comprar
Nos esquecemos de abrir
E enxergar a vida na rua.
Um comentário:
Salve Jayme, bem legal este poema!
Me remeteu a duas coisas, que compartilho aqui:
Pelo conteúdo, uma música da Karina Buhr chamada cadáver: http://www.youtube.com/watch?v=GfXUVBSNUHI
E pela estrutura do poema, um outro do Benedetti, chamado curriculum:
http://www.poemas-del-alma.com/curriculum.htm
Parabéns pelo poema!
Abraços
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